Uso do hífen

O uso do hífen na língua portuguesa pode gerar dúvidas, pois suas regras variam conforme o contexto e a evolução das normas gramaticais. Em muitos casos, o hífen é utilizado para ligar palavras compostas, indicando uma única ideia ou conceito. No entanto, com as mudanças ortográficas recentes, algumas convenções foram alteradas, o que pode confundir quem busca entender quando e como usá-lo corretamente. Neste texto, exploraremos as principais regras de uso do hífen, esclarecendo os casos em que ele é necessário e também aqueles em que deve ser evitado, para garantir uma escrita correta e fluente.

Com as atualizações do Novo Acordo Ortográfico, algumas regras foram simplificadas, mas o hífen ainda é necessário em várias situações.

1. Uso do hífen em palavras compostas

O hífen é utilizado para unir duas ou mais palavras que formam um único conceito ou significado. Exemplo:

• bem-estar (estado de estar bem)
• guarda-chuva (objeto usado para se proteger da chuva)

2. Com prefixos

Os prefixos são elementos que, quando adicionados ao início de uma palavra, modificam o seu significado. O uso do hífen com prefixos depende de alguns critérios, como a letra inicial da palavra que segue o prefixo.

Regras gerais para o uso de hífen com prefixos:

• Usa-se o hífen quando o prefixo termina com “r” e a palavra seguinte começa com “r”.
  Exemplo: inter-relação, super-rápido.
• Usa-se hífen quando a palavra seguinte começar com h ou com vogal igual à última do prefixo: anti-inflamatório, micro-ondas, auto-observação, anti-herói, anti-higiênico, super-homem, mini-hotel, neo-helênico, sobre-humano, pré-história, sub-hepático, auto-hipnose, neo-humanismo, semi-hospitalar, proto-história

Quando não usar o hífen:

• Com os prefixos re-, pre-, sub-, super-, inter-, extra-, entre outros, não se usa o hífen quando a palavra seguinte não começa com “h”e “r”.
  Exemplo: subsolo, supermercado.

Obs.: Com “pre” não tem hífen, mas com “pré” tem hífen, por que será?

O prefixo “pre” é usado sem hífen quando é átono, ou seja, não tem autonomia fonética. Por exemplo, “preaquecido”, “preconceito”, “predefinido”, “preexistente”.

O prefixo “pré” é usado com hífen quando é tônico e acentuado, e o segundo elemento é entendido separadamente. Por exemplo, “pré-escolar”, “pré-história”, “pré-natal”. 

3. Com o prefixo “co-“

O prefixo “co-” exige o uso do hífen quando a palavra seguinte começa com a letra “h” . Exemplo:

• co-herdeiro

4. Na formação de palavras em que o prefixo “auto-” é seguido de uma consoante “s” ou “r”, essa consoante é duplicada, conforme as regras do Novo Acordo Ortográfico. Dessa forma, “autossuficiente” segue esse padrão, pois o “s” da palavra “suficiente” é dobrado. Exemplo: autorretrato.

5. Quando o prefixo “pro-” não é tônico, e sim átono, não ocorre o hífen. Exemplo: proativo

Como agora você já ficou por dentro das regras do hífen, vou listar aqui algumas palavras que geram muita dúvida nos alunos durante as redações:

Logo, o uso do hífen na língua portuguesa é regido por um conjunto de regras que visam garantir clareza e precisão na escrita. Embora algumas mudanças ortográficas tenham simplificado o seu uso, ainda há situações específicas em que o hífen deve ser utilizado, como em palavras compostas, nomes próprios e certas combinações de prefixos. Conhecer e aplicar corretamente essas normas não apenas melhora a qualidade da comunicação escrita, mas também evita erros comuns e garante a conformidade com a ortografia oficial. Portanto, compreender as regras do uso do hífen é essencial para uma escrita mais correta e eficiente.

Vamos juntos para a nota máxima. Espero ter ajudado. Até a próxima.