Regência Verbal e Nominal: Entenda as Diferenças e Regras
A regência verbal trata das relações entre os verbos e os seus complementos, chamados de objetos diretos ou indiretos. Já a regência nominal envolve a relação entre os nomes (substantivos, adjetivos ou advérbios) e seus complementos, chamados de objetos do nome.
Regência Verbal
A regência verbal determina qual preposição (se houver) um verbo exige para se conectar corretamente com seu complemento. Alguns verbos exigem preposição, outros não, e isso varia de verbo para verbo.
Exemplo:
- Gostar de (verbo + preposição): Eu gosto de viajar.
- Ouvir (verbo sem preposição): Eu ouvi a música.
Regência Nominal
A regência nominal é a relação entre um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) e o seu complemento. O complemento do nome geralmente vem acompanhado de preposição, que é exigida pela natureza do próprio nome.
Exemplo:
- Amor por (substantivo + preposição): Eu tenho amor pela minha família.
- Interessado em (adjetivo + preposição): Ela está interessada em aprender novas línguas.
Diferenças principais:
- Regência verbal: Concentra-se nos verbos e nas preposições que eles exigem.
- Regência nominal: Envolve os nomes e os complementos que eles pedem.
Por isso, a equipe pedagógica da Littera Redação fez uma lista dos erros de regência verbal e nominal mais cometidos pelos alunos nos textos. Agora não haverá mais desculpas para continuar com dúvidas. 🙂
1-) “Corroborar” é um VTD, portanto não use “para” ou “com ” depois desse verbo, ou seja, nunca haverá preposição após esse verbo; não o confunda com “colaborar” e “contribuir”, por isso o trecho “corroborando para o desenvolvimento” está INCORRETO; a forma adequada é “contribuindo para o desenvolvimento”.
2-) “Acarretar” é um VTD, ou melhor, nunca utilize preposição após esse verbo, logo é INCORRETO escrever “acarretar em transtornos”, desse modo o correto é “acarretar transtornos”.
3-) “Chegar ” é um VTI, sempre será “chegar a algum lugar”, por isso é INCORRETO escrever “chegou na escola”, mas escreva “chegou à escola”.
4-) Sempre será “a chegada de alguém/ algo a algum lugar”, por isso é INCORRETO dizer “a chegada da corte portuguesa no país”, então escreva “a chegada da corte portuguesa ao país”.
5-) “Ir” é VTI, ou seja, sempre será “ir a algum lugar”, então não existe “ir nos EUA”, mas, sim, “ir aos EUA”.
6-) Com “assistir”, usa-se a preposição “a” quando o verbo “assistir” significar “estar observando, ver, acompanhar”, por isso a forma correta é “assistir ao filme”. Ex.: “ele assistiu ao filme ontem.”
7-) Quanto ao verbo “trazer”, sempre será “trazer algo de lá para cá”, por isso é INCORRETO dizer “Os imigrantes trouxeram muita cultura no Brasil”, então escreva “Os imigrantes trouxeram muita cultura para o Brasil”.
😎 Não existe “a ideia que”, mas, sim, “a ideia de que”.
9-) Em relação ao verbo “levar”, sempre será “levar algo para lá”, então é INCORRETO escrever “O governo levou cestas básicas no Nordeste”, assim a forma correta é “O governo levou cestas básicas para o Nordeste”.
10-) Não existe “Ele precisou de ir ao médico.”, pois o verbo “precisar”, quando no sentido de necessitar, não exige preposição, portanto a forma correta é “Ele precisou ir ao médico”.
Esses são apenas alguns exemplos dos erros mais comuns de regência verbal e nominal encontrados em redações do ENEM.
Em suma, a regência verbal e nominal é um aspecto fundamental da gramática que garante a clareza e a precisão na comunicação. Compreender as regras de regência ajuda a evitar erros comuns que podem comprometer a qualidade das redações, especialmente em contextos formais como o ENEM. Ao usar corretamente as preposições exigidas pelos verbos e substantivos, o escritor demonstra domínio da língua e facilita a compreensão do texto, tornando-o mais eficaz. Assim, é essencial praticar e revisar constantemente a regência para aprimorar a escrita e atingir um desempenho cada vez mais alto em provas e na comunicação escrita em geral.
Portanto, fiquem atentos a esses desvios para não cometê-los mais. Até a próxima.
Além de estudar sobre a regência, leia o nosso texto sobre o uso das letras maiúsculas e minúsculas.